Pele: matéria e alma

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Brasil
2022

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Pele Por Pedra

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O ser humano e a natureza, uma mulher e uma montanha no confronto com a potência e a impotência, a força e a fragilidade, colocando em perspectiva o impacto da transformação ambiental e humana.
Porquê a necessidade de escavar e aprofundar? Toda a matéria viva pode ser vista como semelhante. O visceral mineral e o visceral humano que pulsam vitalidade e expressam vida.
O centro das montanha cortado em pedaços pela mão do homem, escorre água em silêncio.
A beleza da paisagem interior é raramente contemplada.

Frames do vídeo-dança: Pele Por Pedra / Frames from the vídeo-dance: Pele Por Pedra
2018

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Noite

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2022

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Quietudes vivas


Iniciação

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2022

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V canto

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2019

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S/ título

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Amazónia

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S/ título

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Brasil 2023

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Ventre

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2022

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S/ título


Socolari

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2022

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s/título

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2024

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V canto II


s/título

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Brasil
2024

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Na Ruína

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Rio de Janeiro, Brasil
2012

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Macroma

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Brasil
2010

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s/título

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Brasil
2024

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Pássaro de fogo

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Brasil
2010

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S/ título

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Brasil
2023

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Lá adiante


Igarapés

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Amazónia, Brasil
2010

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Nagruta

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Brasil
2010

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Ruínas

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Uma ruína é necessariamente bela, apesar de essa beleza nos poder provocar apenas uma viagem romântica à experiência do sublime, mas pode também estar demasiadamente próxima do real e tornar-se num documento desastroso que traz respostas para inquietações bem actuais. Não é só um lugar físico mas sim uma série de ideias, sensações e sentimentos que se elaboram a partir do lugar. Qual o motivo de prazer na sua contemplação? 

A atmosfera específica de quem se encontra numa ruína, a tentativa de conseguir recuperar uma época, a história, a unidade do sentido, o ausente, a lembrança, dão-nos a conhecer o inexistente. Esta experiência quase que nos permite re-significar o que se encontra sem sentido, ou melhor, re-significar o que se encontra sentido. A melancolia surge como resultado do questionamento sobre o sujeito, a liguagem, o mundo e o lugar na sociedade contemporânea. Melancolia ou apenas nostalgia, solidão, tristeza ou amor, são tudo indícios de uma individualidade moderna que se auto-contempla e não pode mais acreditar na ilusão da sua própria imagem.

A dualidade sempre presente numa ruína desde a sua construção vertical ao estado natural e progressivo da horizontalidade, demonstra-nos simultaneamente a tensão entre a construção e a destruição, o natural e o artificial, o isolamento e a multidão, a cultura e a massificação e também a fragilidade e a impotência. Acho importante despertar a atenção para o pensar e o fazer, bem como para o que acontece entre os dois, para a leveza e o peso e para a energia que oscila entre estes dois polos, determinando o nosso pensamento para a mesma energia oculta em toda a parte. Juntar coisas que nos são apercebidas de formas diferentes para formar um todo complexo e um estadio para uma nova percepção. Lugar de meditação mas também de busca e expansão, as ruínas transitam entre o que fomos e o que somos/isto será e isto foi, tornando o tempo numa experiência concreta, através do espaço físico.

As ruínas foram assumidas pelas práticas contemporâneas de forma intermitente, como tema através do qual se leva a cabo diversas investigações e inquietações. No campo artístico há um interesse pelo aspecto processual e pelo registo do espaço e do tempo e muitas obras tomaram como motivo de experimentação as ruínas para assim poderem processar as suas verdadeiras contradições internas. Responder a uma série de contradições internas e pessoais, numa tentativa de encaixar o caos do passado e o caos urbano no presente e entender como se vive com isso.

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