Nos dias de hoje, ser Doula aplica-se às mulheres que dão suporte físico, informativo, emocional e afetivo a outras mulheres durante o processo gestacional, de parto e pós-parto.
Sendo o parto um evento pleno de significado de vida, e compreendendo o seu processo natural e multi-dimensional, sabemos que este é um momento de importância vital para a mulher. A doula encarrega-se de ser uma auxiliar neste processo durante a evolução do trabalho de parto, no parto e na sua recuperação pós-parto, dando-lhe apoio, encorajamento, segurança, confiança e afeto. Através de um suporte contínuo, do conhecimento da fisiologia do parto e com recursos informativos baseados em evidências científicas, o trabalho da doula estabelece-se com base na conexão e empatia.
Antigamente o nascimento era um evento que envolvia a comunidade. Havia a presença de mulheres experientes e naturalmente uma energia feminina calorosa. Conforme o parto foi passando para a esfera médica e as nossas famílias ficando menores, foi-se perdendo esse contato. Dentro de hospitais e maternidades a assistência passou para as mãos de uma equipe especializada, cada um com a sua função definida. Mas quem cuida das necessidades especificas da mulher que está a dar à luz? Quem a conhece? Esse lugar pode e deve ser preenchido pela doula. O ambiente impessoal dos hospitais num momento tão íntimo, tende a aumentar a tensão, o medo, a solidão, a dor, a insegurança, a desinformação e a ansiedade – sentimentos maternos indesejáveis no momento de dar à luz. Logo a presença de uma doula e o seu suporte levam a benefícios tais como: redução do tempo do trabalho de parto, aumento de partos vaginais espontâneos, redução da necessidade de anestesia, redução do número de cesarianas, redução do número de mulheres com sentimentos negativos em relação ao parto, entre outros.